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| Dec 26, 2019

Recentemente, pesquisa da FGV mostrou que as empresas médias e grandes brasileiras pretendem investir 7,9% do seu faturamento líquido anual para gastos e investimentos de tecnologia. Cada vez mais as organizações preocupam-se com a inovação, visto que essa decisão também representa aumento nas suas receitas.
Hoje, países do mundo inteiro adotam leis e estabelecem regulamentações em prol de proteger os dados de usuários, e, aqui no Brasil, isso não é diferente. Temos falado e discutido muito sobre a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), que tem como objetivo prevenir que dados pessoais de parceiros e clientes não sejam utilizados sem a permissão dos usuários.
De acordo com análise divulgada pela consultoria do Gartner, os gastos com tecnologia da informação no Brasil serão de US$ 64 bilhões em 2020. Isso representa aumento de 2,5% em relação a 2019. Empresas importantes para o mercado de tecnologia, como a Microsoft, que tem serviços de nuvem, como Azure, e aplicativos para escritórios como o Office 365, já estão sendo trabalhadas em conformidade com a LGPD.
Um fato é certo: em agosto de 2020, a LGPD entra oficialmente em vigor no Brasil, e muitas empresas ainda precisam ter ciência dos riscos que podem ter, caso não se adequarem à nova lei, muito comentada atualmente, mas que ainda desperta muitas dúvidas, principalmente aos pequenos e médios empreendedores.
O que vejo é que o varejo, principalmente o e-commerce, é o mercado que mais pode sofrer impacto, caso não se adeque à LGPD. O grande desafio para os empresários ou investidores que atuam nesse mercado ainda é conseguir adaptar o modo como utilizam os dados dos consumidores às novas regras.
As empresas que atuam no mercado on-line e utilizam esses dados para sugerir produtos e reimpactar os usuários de acordo com cada perfil de compra precisarão rever seus processos. Com a nova lei no País, essas empresas não poderão compartilhar sua base de dados com outros parceiros. A mudança de regras para o uso de dados não é orientada apenas às companhias que trabalham com clientes, mas também em toda a cadeia de produção, como fornecedores e empresas de logística.
Acredito que, além de controles tecnológicos, é necessário que os gestores e as consultorias jurídicas das empresas invistam em ações de conscientização para que os colaboradores que lidam com diferentes tipos de informações estejam preparados, e consigam atender às exigências legais, sejam no Brasil ou em qualquer outro país do mundo.
Max Camargo é diretor comercial da empresa Solo Network.
Fonte:
DGABC
LGPD