Abc da comunicação: Como aplicar uma comunicação efetiva com o cliente durante o trabalho remoto

Abc da comunicação: Como aplicar uma comunicação efetiva com o cliente durante o trabalho remoto

22 Jun 2020

Ações corporativas podem garantir fidelização de clientes e maior engajamento social

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A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) fez com que empresas de diferentes setores precisassem repensar modelos de trabalho. E novas rotinas implicam em diferentes formas de comunicar, seja entre a própria equipe ou mesmo com os clientes. A empatia na comunicação, ou comunicar-se a partir da dor do cliente e não mais sob a ótica da tradição de uma marca – assunto que já vinha sendo discutido no mercado de comunicação – ganhou ainda mais força neste momento. Assim, ações em que empresas se unem em prol de uma causa ganham notoriedade e mostram que, acima de concorrentes, marcas podem ser parceiras na busca pelo bem comum.

Uma pesquisa feita pela Wunderman Thompson sobre tendências e mudanças para 2020 mostrou que as marcas passaram a ser vistas como uma força de mudança. Isso significa que é esperado que elas representem a sociedade e que também auxiliem na resolução de questões sociais, como é o caso dos impactos econômicos causados pelo coronavírus.

“É importante que fique claro que estamos todos no mesmo barco em busca de soluções e novos caminhos dentro da comunicação. O preparo de certas empresas para a realização do home office e, para além disso, o posicionamento das marcas como aliadas nesse combate é muito bem visto pela população e precisa ser reconhecido”, comenta Flavia Sobral, diretora da aboutCOM.

E isso já vem ocorrendo em grandes empresas, como veremos abaixo.

Conexão inédita

Em março, uma parceria inédita entre as operadoras de telefonia Claro, Oi, TIM e Vivo, chamada “Movimento Todos Juntos Contra o Vírus” gerou repercussão na mídia nacional e teve uma boa aceitação social. No vídeo da campanha, a mensagem de que estar conectado à internet para permanecer mais próximo da família durante o isolamento foi ressaltada como uma prioridade.

“A iniciativa mostra que as empresas estão focadas em trabalhar juntas por um objetivo maior. Fornecer acesso à internet com qualidade em um momento em que muitas pessoas possuíam essa praticidade apenas no ambiente de trabalho significa fazer com que a população possa ter lazer e trabalho dentro de casa”, explica Flavia.

Financiamento de testes

E não foram apenas as operadoras que deixaram de lado a concorrência para ajudar a população. Os três maiores bancos privados do Brasil – Bradesco, Itaú e Santander – se uniram em uma campanha para a prevenção do coronavírus no país.

A ação tem a ver com a premissa de que sozinho é mais difícil ter os mesmos resultados que uma parceria deste porte pode proporcionar. Nesse caso, especialmente no momento atual, fica evidente que “a união faz a força”, já que todos saem ganhando: a sociedade por permanecer protegida e as marcas por aumentarem o reconhecimento e a credibilidade de seus serviços.

“Recebidos” que fazem bem

Trazendo para o ambiente interno de trabalho, a Nubank foi mais uma empresa que considerou os efeitos do isolamento social para o trabalho remoto de seus colaboradores. Segundo a financeira, “manter o bem-estar dos funcionários foi e segue sendo um dos passos mais importantes”.

Com isso, a empresa decidiu enviar cadeiras ergonômicas para os colaboradores que passaram a desempenhar suas atividades de casa. A iniciativa foi comemorada e teve uma boa repercussão na mídia, chegando a ser citada em um noticiário renomado da televisão brasileira, o que trouxe mais reputação para a marca e fez com que os colaboradores desenvolvessem o sentimento de pertencimento à empresa.

Comunicar também é ouvir

As agências de comunicação estratégica precisam ter em mente alguns pontos para manter o trabalho, auxiliando no posicionamento de marcas e em ações colaborativas em momentos de comemoração, mas, também, durante crises como a que se instalou em diferentes setores.

“O segmento de tecnologia, foco do trabalho da aboutCOM, é um dos que mais tem precisado pensar em novas estratégias para garantir o acesso e a segurança de quem está em casa, seja para momentos de descontração ou para quem continua focado em levar serviço de qualidade para seus clientes”, salienta.

Como forma de incentivo para acompanhar os webinários, a Solo Network, cliente da aboutCOM, tem feito entregas de pizzas para os espectadores. A iniciativa é uma forma de reconhecer a importância do público e reforçar o compromisso da empresa com as ações que desempenha.

Já a Orange Business Services acredita que o uso dos grupos de mensagens de forma mais coloquial é uma boa estratégia para manter os colaboradores focados, mas com momentos de descontração. Ficar longe fisicamente de colegas da equipe pode ser bastante desmotivador e, por isso, é preciso pensar em alternativas para ajudar a manter o engajamento e a comunicação interna da empresa, estratégia para além de simplesmente manter os serviços ativos.

E permanecer em casa exige um cuidado ainda maior com a segurança de dados pessoais e atenção redobrada com golpes e ameaças virtuais. A ESET, empresa de segurança da informação, passou a divulgar análises de ataques cibernéticos e dicas para que a população possa se proteger dessas ameaças. A atitude prova que a empresa possui um papel social muito importante em meio à enxurrada de ameaças cibernéticas descobertas nos últimos meses.

Mas, assim como dar luz a temas que impactam na rotina de todos é fundamental para quem trabalha com comunicação, compreender as diferentes necessidades do público para cada momento. A preocupação com o que é pertinente ou não estar na mídia, como uma forma de consultoria, é parte da responsabilidade de quem atua na consultoria e sugestão de pautas.

“Agências de comunicação possuem, ainda, o papel com o trade de não deixar de alimentá-lo com informações diversificadas, para além do coronavírus. É necessário lutar por veículos que não têm verbas ou que acabaram diretamente afetados pela pandemia, ou seja, que dependem de eventos que não estão ocorrendo e de patrocínios que foram cortados”, acrescenta Flavia.

Fonte: Abc da comunicação
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