A Microsoft anunciou, no blog da equipe de desenvolvimento do Windows Server, o fim do suporte a sistemas baseados na arquitetura Intel Itanium. O Windows Server 2008 R2 será a última versão do sistema operacional a suportá-la, juntamente com o servidor de banco de dados SQL Server 2008 R2 e o ambiente de desenvolvimento Visual Studio 2010.
Escrito por Dan Reger, gerente sênior de produto do Windows Server, o comunicado esclarece que a empresa irá honrar suas políticas de suporte a estes softwares, com patches e correções de segurança até 9 de Julho de 2013 e "suporte extendido" até 10 de Julho de 2018. Tempo suficiente para que as empresas, principais usuárias de sistemas Itanium, possam realizar uma migração tranquila para novas plataformas.
Processadores Itanium chegaram ao mercado em meados de 2001, e eram a grande aposta da Intel no mundo da computação de 64 bits. Em vez de apenas estender a tradicional arquitetura x86 de 32 bits, a empresa resolveu "começar do zero" e produziu uma arquitetura incompatível. Isto, combinado ao baixo desempenho dos primeiros processadores da família, contribui para que ela não tivesse o impacto esperado.
Com o tempo, o desenvolvimento de uma versão de 64 bits concorrente, baseada na veterana arquitetura x86 (x86-64, ironicamente criada pela AMD) e a escalabilidade dos processadores nela baseados, com clocks cada vez mais altos e múltiplos núcleos, acabou por limitar ainda mais o sucesso comercial do Itanium. Os proces sadores populares atuais de 64 bits e múltiplos núcleos da Intel, os Core 2 e os Core i3/i5/i7, não têm nenhuma semelhança com o Itanium. A versão mais recente do processador é o Itanium 9300 (Tukwilla), um modelo "quad-core" lançado em fevereiro deste ano.
O anúncio da Microsoft, entretanto, pode não ter muito impacto na saúde da arquitetura Itanium. O sistema operacional mais popular em máquinas nela baseadas não é o Windows, mas sim o HP-UX, um Unix desenvolvido pela HP, parceira de longa data da Intel no projeto.