HP irá fornecer workstations móveis ZBook 15 G2 para serem usadas na Estação Espacial Internacional

HP irá fornecer workstations móveis ZBook 15 G2 para serem usadas na Estação Espacial Internacional

16 Nov 2015
hp estação espacial internacional

HP desbanca o concorrente e irá fornecer workstations móveis ZBook 15 G2 para serem usadas na Estação Espacial Internacional (ISS).

Durante o lançamento da terceira geração de workstations móveis ZBook, que aconteceu na semana passada em Nova York é comum a empresa convidar alguns parceiros de negócios para falar sobre suas relações e, é claro, demonstrar casos de sucesso que mostam como seus negócios melhoraram graças ao uso dos produtos e serviços da casa.

Mas só que desta vez, a empresa de Hewlett e Packard deu uma de Monty Python “e agora, para algo completamente diferente” convidou para o palco Stephen Hunter, gerente de recursos de computação e de arquitetura C&DH (Designing Command and Data Handling) da NASA para falar sobre sua recente aquisição de workstations móveis da HP para o programa ISS, também conhecida como Estação Espacial Internacional.

Hunter é responsável desde 2004 pela integração de todos os sistemas em órbita — o que inclui sistemas de computador, aviônicos, redes de comunicação, desenvolvimento de software e implementação de novas tecnologias como novas gerações de computadores e periféricos, como o HoloLens da Microsoft.

Para quem não sabe, a ISS é a maior estrutura artificial em órbita da terra, cobrindo um perímetro que correspondente a um campo de futebol americano, pesa quase 363 toneladas e possui um ginásio, dois banheiros e mais espaço do que uma casa (americana) de seis quartos. Ela é quase quatro vezes maior que a antiga estação espacial MIR e cinco vezes mais espaçosa que a Skylab.

Curiosamente, desde 1997 o Brasil chegou a fazer parte do consórcio de países que iria construir a ISS mas foi desligado em 2007 por não cumprir alguns itens do acordo, como fornecer o chamado Palete Expresso (Express Pallet) ao custo de US$ 120 milhões o que, aparentemente, não cabia no orçamento da Agência Espacial Brasileira (AEB).

De qualquer modo, em 2006 pagamos para os russos US$ 10 milhões para mandar o paulista Marcos Pontes para passar um tempinho na ISS, o que lhe proporcionou fama suficiente (tipo, Buzz Aldrin nos dias de hoje) para se candidatar a deputado federal em 2014 pelo PSB, fazer palestras e até aparecer em eventos de TI como o lançamento do Zenfone 2 aqui no Brasil.

Mas voltando ao que interessa, o executivo explicou na sua apresentação que a preferência da NASA por notebooks se deve ao fato desses equipamentos por serem equipamentos versáteis e relativamente leves e compactos, se comparado — por exemplo — com um desktop ou servidor.

De fato, peso e volume são fatores críticos para o programa ISS devido aos altíssimos custos para enviar qualquer objeto para o espaço. No caso dos notebooks, Steve chegou a comentar que alguns até voltam para Terra, mas em outros casos só o HD retorna, já que o resto é ejetado da estação para queimar durante sua reentrada da atmosfera.

No caso da HP, o primeiro notebook da marca que foi mandado para a ISS foi uma workstation móvel HP Elitebook 8570w que fez parte de um sistema de exame de vista criado pela NASA com o objetivo de monitorar a saúde visual dos tripulantes da ISS, ou seja, como um ambiente sem gravidade pode afetar o sistema vascular, visual e nervoso central dos astronautas durante (e até após) longas missões no espaço

Depois disso, a NASA iniciou um outro programa batizado de NGL (Next Generation Laptop) cujo objetivo era de definir/homologar a quarta geração de notebooks a serem usados na ISS. O interessante é que em vez de optar por um equipamento construído sob medida para atender às suas demandas, a agência prefere adotar equipamentos que eles chamam de COTS (Commercial Off The Shelf), ou seja, produtos de prateleira disponíveis no varejo que podem ser utilizados na ISS de imediato e/ou com modificações mínimas.

Isso reduz bastante o custo de aquisição de novos equipamentos, e também agiliza o processo de atualização e/ou implementação de uma nova tecnologia. Um bom exemplo são equipamentos para uso industrial, que são projetados para serem confiáveis, robustos e capacidades de operar em ambientes agressivos ou com grandes variações de temperatura.

Vale a pena observar que, por mais resistente e cascudo que sejam, muitos produtos “COTS” não foram concebidos para operar no espaço, de modo que alguns fatores tem que ser considerados. Por exemplo, muitos componentes podem não atender às demandas da indústria aeroespacial, como o uso materiais não inflamáveis/tóxicos em cabos. Fora isso, um sistema de dispersão de calor por convecção pode não ser tão eficiente no espaço e isso sem falar que os níveis de radiação são bem mais elevados na ISS do que na Terra, o que é um ponto a favor dos discos rígidos convencionais sobre os SSDs.

No caso específico do NGL o novo notebook deveria atender algumas condições específicas. Entre elas, que o fabricante fosse “o verdadeiro desenvolvedor e dono do design” (ou seja, nada de OEM de terceiros) e que a plataforma oferecesse a máxima capacidade de processamento “de sobra” para rodar as atuais — e futuras — aplicações operacionais e científicas da missão a medida que elas fossem criadas.

E deste processo seletivo, a escolhida foi a workstation móvel HP ZBook 15 G2 que interrompeu uma relação de mais de 20 anos entre a NASA e os notebooks Lenovo ThinkPad – e que começou quando os primeiros 750C foram para o espaço em 1999 a bordo do ônibus espacial Endeavor para ajudar no reparo do telescópio espacial Hubble. Depois disso a ISS já utilizou/utilizam diversos ThinkPads modelo 760DX, A31p e T61p.

Mas para chegar a esta escolha, a NASA trabalhou em conjunto com a HP para resolver alguns detalhes técnicos. Entre eles o fato de que o equipamento não poderia consumir muita energia já que a principal fonte de eletricidade da ISS são painéis solares. Isso fez com que a HP criasse uma versão especial do ZBook 15 G2 que consumisse no máximo 90 watts, o que representa uma de redução de consumo de aproximadamente 40 watts se comparado com o modelo de linha, o que faz dele um dos mais eficientes da sua categoria em desempenho por watt.

Outro problema a ser resolvido é que a NASA exigiu que o NGL deveria ser alimentado com as mesmas fontes de alimentação usadas nos A31P, o que representa uma grande economia baseada na reutilização de equipamentos já existentes na ISS. A solução encontrada neste caso foi a modificação de um adaptador “inteligente” para ser usado no espaço:

Durante uma mesa redonda que participamos com Steve Hunter, tive a oportunidade de perguntar quantos ISS ZBook 15 “Flight Laptop” eles compraram da HP e ele respondeu que o número deve estar em torno de 120 unidades (incluindo 20 unidades de reserva) sendo que alguns deles devem operar em Terra e outros irão para o espaço.

E porque não utilizar os novíssimos ZBook 15 de terceira geração? Nosso palpite é que na época, os produtos ainda não estavam disponíveis para participar do programa NGL.

Fora isso, aproveitamos a oportunidade e perguntamos para Steve se ele poderia mencionar outros produtos de prateleira (ou “COTS”) que eles utilizam na ISS e ele citou diversos items sendo que entre os mais bacanas estão alguns iPads (geração 3), iPad Air 2, um projetor LCD (para ver filmes e eventos esportivos de maneira mais confortável), câmeras DSLR Nikon D2x/D4 (usada inclusive fora da estação em operações de EVA), camcorders Canon XF 305, filmadoras RED, Canon Cinema-EOS C500 e outros modelos 4K, diversos roteadores de linha (e de uso militar) e até um protótipo do óculos de realidade aumentada HoloLens da Microsoft (que infelizmente se perdeu num lançamento mal-sucedido).

Fora isso, existem itens muito simples que nem precisariam de certificação como pen drives USB e até coisas bem mundanas como temperos para comida. Neste último caso, se alguém me pede aqueles envelopinhos de sal e pimenta eu vou direto no SAM’s Club mais próximo e compro logo um monte, concluiu o excutivo.

ZTOP

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