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Gabrielly Abrantes
| Aug 27, 2024
A integração da IA em cibersegurança está ganhando destaque na forma com que as empresas defendem seus ativos digitais contra ameaças. No entanto, à medida que a utilização da inteligência artificial aumenta, ela também está sendo alvo de críticas, com muitas destas organizações implementando algum tipo de proibição no uso de aplicativos de IA no local de trabalho.
O receio no uso da IA se deve aos diversos riscos reconhecidos do uso da tecnologia, principalmente em relação à segurança cibernética e à privacidade de dados. Por isso, encontrar um equilíbrio entre a IA em cibersegurança e as medidas tradicionais é crucial para as empresas implementarem um programa robusto de proteção de dados. Além disso, investir em treinamento e monitoramento contínuos pode maximizar o potencial da inteligência artificial na cibersegurança.
Qual o papel da IA em cibersegurança?
A IA em cibersegurança diz respeito ao uso de técnicas de inteligência artificial e aprendizado de máquina para otimizar os sistemas de segurança cibernética na empresa. Isso envolve o uso de algoritmos de aprendizado de máquina e modelos de IA para automatizar processos de segurança, detectar anomalias e permitir que a equipe tome decisões informadas e em tempo real para prevenir e agir no caso de algum incidente.
Assim, a IA em cibersegurança fornece diversos recursos essenciais para a proteção de dados, como:
Resposta automatizada a ameaças
A resposta automatizada a ameaças reduz o tempo entre a detecção e a resposta a incidentes, mitigando a carga de trabalho das equipes de segurança. Com isso, permite que as equipes tomem medidas imediatas e automáticas para isolar sistemas ou bloquear IP suspeitos. A tecnologia processa dados de diversas fontes, permitindo a implementação de respostas proativas quase em tempo real.
Análise comportamental
A IA em cibersegurança torna o processo de análise comportamental dos usuários mais eficiente, utilizando como base dados históricos e contextuais. Com isso, identifica ameaças internas de acordo com padrões de comportamento, monitorando o usuário e o tráfego de rede para identificar atividades incomuns ou maliciosas.
Incidentes de segurança forense
A IA analisa incidentes para determinar seu impacto nos negócios. Para isso, cria uma linha do tempo de incidentes de segurança baseados no comportamento dos usuários e alterações no sistema, estabelecendo uma sequência de eventos para analisar a causa raiz de um determinado incidente.
Detecção e análise de ameaças
A IA em cibersegurança também analisa o tráfego de dados e e-mails recebidos para identificar ataques, detecta ameaças desconhecidas, identifica e analisa padrões e anormalidades, monitora e protege dispositivos de IoT, personaliza protocolos de segurança e identifica fraudes por meio de algoritmos avançados e especializados. Isso torna a infraestrutura de TI mais resiliente.
Gerenciamento de vulnerabilidades
A tecnologia permite priorizar vulnerabilidades com base no impacto potencial, reduzindo o tempo e o esforço dos profissionais de segurança cibernética para realizar avaliações de vulnerabilidade e verificar redes e sistemas em busca de falhas. Isso significa que a IA em cibersegurança expande a capacidade de análise de grandes quantidades de dados, fornecendo insights para que a equipe de segurança possa detectar e mitigar riscos com rapidez e eficácia.
Além disso, a IA reduz a quantidade de alertas falso positivo. Algoritmos avançados de aprendizado de máquina identificam padrões com maior precisão que os sistemas baseados em regras, e garantem um processo de aprendizado contínuo, se adaptando mais facilmente e aprimorando seus resultados.
Riscos e desvantagens da IA em cibersegurança
Apesar dos benefícios claros que a IA em cibersegurança oferece, os riscos potenciais precisam ser bem compreendidos para evitar prejuízos nos negócios. Alguns desses riscos são próprios da tecnologia de inteligência artificial, como as questões éticas e sobre a utilização de dados pessoais. Essas questões podem levar a vieses e imprecisões nos resultados, impactando diretamente na tomada de decisões da organização. Mas há outros riscos que precisam ser avaliados:
Vulnerabilidade a ataques
As soluções de IA em cibersegurança utilizam uma grande quantidade de dados para treinar os algoritmos. Pessoas mal-intencionadas podem injetar conteúdo malicioso para comprometer as defesas, manipulando os algoritmos para facilitar a entrada de invasores nos sistemas.
A IA, obviamente, também é utilizada para que cibercriminosos criem ameaças difíceis de detectar, como ataques de phishing complexos. Além disso, malwares estão sendo criados utilizando a inteligência artificial para entender como os sistemas de segurança atuam, criando ou buscando por vulnerabilidades desconhecidas.
Preocupações com privacidade
A IA em cibersegurança precisa estar atenta às diversas leis e regulamentações de privacidade mundiais, como a LGPD e a GDPR, já que coleta informações de diversas fontes e pode precisar lidar com informações confidenciais. Agentes de ameaças focam nestas informações, tornando o armazenamento de dados sujeito a ataques cibernéticos e possíveis violações.
Dependência de IA
A dependência da IA em cibersegurança pode criar lacunas de habilidades, pois a equipe depende mais do uso da tecnologia do que do próprio conhecimento. Isso pode levar a estratégias de segurança complacentes, pois os profissionais presumem que os sistemas baseados em IA irão detectar qualquer anomalia no sistema. Para evitar esse problema, é fundamental entender que o fator humano proporciona uma perspectiva única para a busca e detecção de ameaças, portanto, não confie unicamente na tecnologia.
Dilemas éticos
O uso da IA levanta diversas questões éticas que precisam ser analisadas, como possíveis vieses e falta de transparência nos resultados. Esses problemas podem levar a uma segmentação injusta e até à discriminação de usuários ou grupos específicos, resultando na identificação incorreta de ameaças internas.
Custo de implementação
A implementação da IA em cibersegurança pode ser cara e exigir recursos que vão desde a contratação de profissionais com habilidades específicas até o uso de hardware especializado, infraestrutura de suporte e capacidade de processamento para executar cálculos complexos. Por isso, as organizações precisam compreender profundamente os custos envolvidos com a implementação da tecnologia para evitar surpresas no futuro.
Cibercriminosos já estão criando métodos para burlar os algoritmos de IA e realizar ataques que visam enganar as medidas de segurança baseadas em IA. Assim, para implementar a tecnologia na empresa, é necessário contar com o apoio de um fornecedor experiente e que conte com uma gama de soluções de segurança projetadas para proteger seus ativos. Entre em contato com os especialistas da Solo Iron e conheça as mais recentes tecnologias de segurança cibernética para manter seus dados e operações em segurança.